Eu tenho o privilégio de ter muitos alunos ao longo desses anos, os quais tem diferentes preferências musicais. Com o tempo eu pude testar diferentes abordagens e perceber quais funcionam melhor. Eu tenho meu jeito de ensinar os primeiros passos do violão, assim como a primeira escala e o primeiro dedilhado.
Para usar esse último caso como exemplo: a minha música preferida para ensinar dedilhados é Paciência do Lenine (fico devendo uma aula online ensinando essa minha versão, que é bem simples, com quase nenhum desafio na mão esquerda, o que facilita o iniciante a prestar bastante atenção não mão direita).
No entanto, eu não uso essa música com todos os alunos, porque nem todos gostam ou conhecem a canção. Mas é possível pegar boa parte dos elementos que fazem dessa minha versão uma boa música para o iniciante começar a prática de dedilhados e aplicar em músicas mais relevantes para o aluno. Talvez não fique 100% didático, mas fique 85%. E essa diferença se compensa pelo aluno estar mais motivado a praticar. Às vezes fica até um pouco mais difícil, mas o aluno vence o desafio maior por causa dessa motivação.
Uma das características que eu valorizo em um professor que dá aulas individuais, e que eu busco aprimorar a cada dia, é a de desenvolver ferramentas e métodos que funcionam de maneira universal, mas que podem ser aplicados de maneiras individualizadas para cada aluno. Se o método não é capaz de se personalizar, não tem sentido dar aula individual. Era melhor criar um curso online ou uma aula em grupo. Ia ser mais barato pros alunos e talvez eles até aprenderiam mais.