Os acordes básicos do violão costumam ser formados por 3 notas. Me refiro aos acordes Maiores e Menores, como por exemplo: G, Em, C, Am, D, etc…
Os acordes com Sétima (ex: C7, Am7, E7, etc) são chamados de tétrades, pois tem uma nota a mais, ou seja 4 notas.
Esses acordes são os acordes básicos de alguns estilos musicais, como a Bossa Nova, o Jazz, dentre outros. Eles também são encontrados no Pop e no Rock, mas com menos frequência. Já nos estilos que falei primeiro eles são o padrão. Os acordes tem, via de regra, 4 notas, e às vezes até mais (5, 6, às vezes até 7…).
A transição dos acordes básicos de 3 notas para os de 4 costuma ser marcada pela necessidade de assimilar muita informação.
Para alguém que estava acostumado a tocar músicas do repertório mais pop, e pega um samba ou uma bossa nova, são muitos acordes novos de uma vez. E nesse caso ainda tem um problema maior. Como eu falei, o básico são acordes de 4 notas, mas é bem provável que as músicas tenham um misto de acordes de 4 e 5 notas.
Uma abordagem que venho adotando nesse caso para introduzir os acordes de 4 notas é simplificar os acordes de 5 notas, para focar o treino das tétrades.
Ou seja, uma música como “Tarde em Itapoã” que teria os seguintes acordes:
Gm7 C7(9) Gm7 Em7(b5) A7(b13) Dm7
Ficaria assim:
Gm7 C7 Gm7 Em7(b5) A7 Dm7
A tétrade é a estrutura básica do acorde. Tudo que vem além dessas 4 notas é um enfeite*. Por isso a música vai funcionar tocando dessa maneira. Pode faltar um colorido, mas o importante é que fazendo assim o estudante compreende melhor a lógica dos acordes que está tocando, ao mesmo tempo que a música soa bem, mesmo sem os acordes mais sofisticados de 5 ou mais notas.
*Mais sobre esse tema no texto de amanhã…