Uma melodia no violão ou guitarra pode ser feita de mais de uma forma. O nosso instrumento, ao contrário da maioria dos outros, tem notas repetidas em algumas cordas. Por isso é possível fazer Dó, Ré, Mi, Fá em mais de um lugar. Veja os exemplos:
Por isso, ao aprender um solo, em especial de ouvido, podemos nos perguntar:
Em qual lugar fazer esse solo fica mais natural pra mim? Em outras palavras: Se eu estou acostumado a fazer a escala nessa região, ou com esses dedos, como esse solo ficaria dentro do que eu já estou mais treinado?
A vantagem dessa abordagem é que se você for improvisar, é mais provável que você incorpore elementos desse solo no seu momento criativo. Como seus dedos tendem a se posicionar naquela determinada região, a memória e a intuição de tocar elementos do solo ficarão mais acessíveis.
Uma abordagem oposta é tentar descobrir o lugar que não seria natural de você tocar. Muitas vezes quando a gente tira um solo vendo a pessoa que criou tocando, descobrimos que ela toca de um jeito que ainda não tínhamos imaginado. Isso também é ótimo, amplia a nossa perspectiva do instrumento. O problema é que é necessário treinar mais para incorporar esse novo jeito de tocar na improvisação e na composição. Mas vale a pena.