Estilo é um conjunto de coisas que se repete

Seguindo na linha do texto de ontem, onde afirmei que as coisas se repetem. No texto eu falei especificamente sobre aprender algo novo: no começo é muita coisa para aprender, mas depois de aprendidas elas começam a se repetir em muitos casos. Levadas de violão, acordes, tudo isso se repete muito em muitas músicas.

Esse mesmo conceito vale para quando você estuda o estilo de um artista que você tem como modelo. Por exemplo: vamos supor que você quer cantar igual ao Ed Sheeran, e tem o trabalho de aprender a técnica o mais próxima possível do que ele usa nas suas músicas. A primeira música dá um trabalhão para aprender. Mas na segunda as coisas começam a se repetir, as técnicas, as “manias”… Se você tirar seis músicas dele, ou dez músicas, é capaz de você conseguir cantar uma música como o Ed Sheeran sem nem precisar escutar a versão dele.

E o mesmo vale para o estilo de um guitarrista criar solos, por exemplo. Depois de tirar 5 solos do Iron Maiden, ou do Metallica, ou do ACDC, os outros já ficam mais fáceis de aprender, e em um improviso é provável que você use elementos desses solos quase sem querer.

Esse conceito também vale para o nosso próprio estilo: nós nos repetimos. Uma maneira de ser criativo, ter muitos recursos e nos repetir menos é “beber na fonte” de vários artistas (não apenas um ou dois). Imitá-los o melhor possível, para incorporar suas técnicas, suas manias e assim formar o nosso estilo único.