O melhor jeito de aprender é fazendo. Quando você quer aprender alguma coisa no seu instrumento o primeiro passo é colocar a mão na massa e tentar. Tocar, tocar, tocar… fazer várias tentativas e repetições para memorizar e melhorar a performance.
Beleza, isso é o normal, o que todo mundo faz.
O que pouca gente faz, normalmente apenas os músicos profissionais ou muito experientes, é olhar pro instrumento sem tocar, imaginar onde você deveria pressionar os dedos, e em qual sequência. Essa é uma prática avançada porque exige que o músico tenha domínio de tudo que vai tocar, para conseguir imaginar com precisão. É uma prática muito útil quando você vai tocar algo mais difícil, porque a dificuldade está na memorização daquela música complexa, e se você consegue lembrar sem tocar quer dizer que sua memória está consolidada. Outra dificuldade é que ficar tocando demais cansa, então treinar “imaginando” como toca é um jeito de descansar as mãos.
Embora o estudante avançado tenha mais situações que justifiquem essa prática, eu acho que é possível fazer isso desde o começo. Está aprendendo seus primeiros acordes? Ou seu primeiro solo? Que tal imaginar onde vai cada dedo, e qual o caminho cada dedo percorre, de que casa pra que casa, de cima pra baixo ou de baixo pra cima, etc… Fazer isso tudo olhando pro braço do violão, mas sem apertar nada. Sem nem encostar os dedos no braço do instrumento…
Aprender fazendo é a melhor estratégia, mas tem horas que é bom parar pra pensar. Isso pode resolver muitos errinhos e acelerar o processo de aprendizagem.