Ninguém é perfeito

Ricardo LaudaresPrática Musical, Talento

Hoje assisti o 1º episódio da série Arrumando a Casa, da Netflix. É um reality show onde Marie Kondo, japonesa criadora de um método de organização pessoal vai na casa de pessoas comuns e ajuda essas pessoas a aplicarem o seu método.

Me chamou muita atenção que, em repetidas vezes, o casal que estava arrumando sua casa perguntou para Marie como era a casa dela, se ela era perfeita.

Eu interpreto essa pergunta assim: Marie, você é uma expert, e além de tudo japonesa. Logo, imagino que você vem de uma cultura com muito mais organização e disciplina que a minha. Será que nós, um casal de americanos, que somos consumistas e desorganizados com a casa, vamos conseguir ser tão organizados quanto você?

Com muita gentileza, Marie respondeu que nem ela nem a casa dela eram perfeitos. Que ela deixava algumas coisas bagunçadas eventualmente; que ela também ficava cansada e deixava a arrumação pra depois, etc. Ao ouvir essa resposta eles me pareciam um pouco aliviados.

Acho que essas cenas mostram que nas horas de maior dificuldade, o iniciante olha pro expert e imagina: essa pessoa é diferente de mim, logo eu não sou capaz como ele. Por isso, ouvir que o expert não é perfeito e que também tem dificuldades talvez seja o incentivo que o iniciante precisa ouvir para seguir sua jornada.