Os celulares revolucionaram os hábitos e estilos de vida das pessoas ao longo dos últimos 10 anos (não cabe nesse texto discutir se para bem ou para mal). Mas tem uma coisa que eles revolucionaram a ainda mais tempo: A agenda de contatos. Antigamente eu precisava ler o número numa agenda de papel e digitá-lo. Hoje eu preciso apenas buscar o nome da pessoa e apertar na tela que a ligação é feita automaticamente.
Resultado: Eu não sei o número de mais ninguém de cor. Incluindo o de pessoas próximas e que eu ligo bastante, como o meu pai. Mas eu sei o número da minha mãe que tem o mesmo número a 15 anos, ou seja, antes de eu usar a agenda no meu próprio celular. Sei da casa dos pais dos meus amigos, que já se casaram e mudaram de lá… Sei da minha casa antiga que eu mudei tem quase 20 anos…
E porque eu sei esses números de cor?? Porque era mais fácil decorar os números do que abrir a agenda, procurar o número e discar. E mesmo quando eu consultava a agenda, eu tinha que ler, decorar rapidamente tudo, ou de 4 em 4 números, e discar no telefone…
E o que isso tem a ver com Música?
Tem a ver que ler cifra pode ser a nova agenda de contatos do celular. Inclusive ela também está no celular hoje em dia, diferente de quando eu comecei a tocar. Mais fácil e prático do que já era…
E o problema é que se você sempre toca ao mesmo tempo que lê a cifra, você nunca vai decorar.
Você pode usar a cifra como a antiga agenda de telefones de papel. Use-a para consultar, para conferir se a sequência de acordes é a que você estava se lembrando. Mas depois deixe a de lado, e toque sem olhar.
Se você nunca tirar a cifra da sua frente você nunca vai decorar.