Uma é a da tradição clássica, da música erudita. A que começa no papel e só depois vai pro instrumento… Que usa partitura, tudo é escrito, bem quantificado…
E a outra é a do autodidata, da música popular, baseada no ouvido, na memória, na imitação…
Eu tenho dois alunos que chegaram até a mim com muitos anos de experiência em uma ou outra escola. Portanto, quando eu peço para tirar o papel da frente da primeira, ou coloco o papel na frente do segundo, o resultado é uma grande resistência.
O que eu posso dizer pra eles é apenas uma coisa:
É difícil mesmo. Muito difícil. Porque o que eu estou pedindo é para eles fazerem uma coisa oposta ao jeito que vem funcionando muito bem a anos e anos…
E o que eu posso pedir pra eles é:
Paciência. Tentar ser aberto a esse jeito novo que parece que não dá certo pra vocês. Se permitirem aprender de novo, como se fosse do zero.
Se vocês acreditarem que é possível, com o tempo vocês terão o melhor dos dois mundos. O poder da escrita e leitura musical junto com a intuição, memória e ouvido do músico “popular”.