No último dia 14 de Fevereiro, no Valentines’ Day, eu escrevi que faltavam uns 4 meses para o dia dos namorados no Brasil, e que esse tempo era o suficiente para preparar uma homenagem musical para alguém especial.
Se você leu o blog ontem, você viu que eu segui meu próprio conselho.
Pois bem, seguem algumas considerações sobre a minha experiência:
A primeira é que devo admitir que não consegui me dedicar tão consistentemente à preparação da música que escolhi ao longo desses meses. Eu estudei mais no começo, e agora quando a data foi se aproximando. Se por um lado isso foi longe do ideal, por outro, ter me preparado anteriormente ajudou muito para conseguir deixar a música pronta em pouco tempo. É como eu já escrevi aqui, relembrar uma música é bem mais rápido do que aprender do zero.
A segunda consideração é sobre se gravar. Tinha algum tempo que eu não gravava uma performance que me exigia um pouco mais de técnica. Por isso, para chegar no melhor vídeo eu tive que gravar algumas vezes, tipo umas 10 ou 15. Nesse processo aconteciam uns erros que eu não estava cometendo quando estava só treinando… Muitas vezes isso virava uma ciclo vicioso, eu errava algo que não era pra errar, ficava desconcentrado, e isso levava a mais um erro bobo em outro momento. E acontecia o contrário também. Eu acertava o que tinha errado na tentativa anterior, e isso me deixava ansioso com medo de errar outra coisa no decorrer da música… Pra não contrariar a minha ansiedade, de fato eu errava algo idiota em seguida.
Na gravação eu também cometi um dos pecados que eu mais alerto meus alunos: “Não pare de tocar quando errar”. O problema é que numa gravação sem ser ao vivo, nós sabemos que tem certos erros que são gritantes demais, que justificam uma nova gravação. E quando eles acontecem faz mais sentido parar e começar de novo. Por outro lado, fazer isso interrompe o fluxo e favorece o aparecimento daqueles ciclos viciosos de ficar nervoso e desconcentrado com o erro, o que propicia novos erros… A respeito disso eu procurei buscar um equilíbrio. Às vezes eu parava, às vezes eu continuava para treinar, mesmo sabendo que iria descartar aquela gravação.
Concluindo: gravar é uma escola. Uma simples gravação foi uma experiência muito interessante pra mim. Isso sem falar no propósito dessa gravação, que era fazer uma surpresa pra minha noiva, a qual acho que ela gostou… Se você não assistiu o vídeo, aqui está o link mais uma vez:
https://youtu.be/rVqyQjbcaNU