Canção é um termo que define a maior parte das músicas que eu, provavelmente você, e que a maior parte do mundo escuta. A música cantada, que tem letra. Existem canções de vários gêneros musicais, do sertanejo ao metal. Tem voz e letra, é uma canção. É um termo que a gente quase não usa em português mas é muito usado em inglês: “Song“. A canção tem uma melodia principal, que é feita por uma ou mais vozes humanas. E tem o “plano de fundo” que é o Arranjo Musical.
O Arranjo é a criação de tudo que envolve a apresentação da canção. Quais instrumentos musicais serão utilizados, com qual estilo, qual o caráter da música (Animada? Triste? Agressiva?), com a adição de elementos interessantes que podem complementar e até chamar mais atenção que a própria melodia da voz.
Minhas aulas de Música são baseadas no ensino de canções, dos mais variados gêneros. O legal de trabalhar com canções é porque os arranjos permitem uma infinidade de possibilidades para trabalhar diversas coisas. Para quem está começando, é possível criar arranjos que facilitam o aluno novato a tocar músicas que ele gosta sem precisar que ele tenha anos de prática. Porque ele não é obrigado a tocar a música exatamente como ela é. Isso é o arranjo.
Um arranjo diferente da versão original é criado por diversos motivos. Um é o que acabei de falar, de criar uma versão mais fácil para o aluno tocar. Outro é para adaptar uma música que é tocada por diversos instrumentos, como uma banda por exemplo, para um único instrumento ou para os que você tem disponível. Um último que gostaria de citar é o de criar algo novo, uma nova maneira de apresentar a música, é uma forma de se expressar criativamente.
Tem músicas que tem um arranjo tão famoso que é quase um pecado modificá-lo. Mas de maneira geral não há necessidade de encarar uma canção como uma peça de orquestra que não pode ser alterada em nada. Na verdade até músicas de orquestra podem ter um arranjo muito interessante:
5ª Sinfonia de Beethoven em um Violão -Martin Patrzalek
https://youtu.be/gUarhwho0f8