Pensando no que significa cada um, ambos tem a mesma complexidade. O sustenido altera uma nota para o agudo, e o bemol altera uma nota para o grave (talvez essa seja a questão, pensar para trás pode ser mais difícil).
O problema é que na Teoria Musical existe uma lógica para escolher o nome correto da nota ou acorde, seja porque é coerente com o que veio antes, seja porque será mais simples de dar nome para as outras notas/acordes.
Exemplo: Se eu chamo Ab de G#, para manter a coerência, eu tenho que chamar o acorde Fm de E#m… A escala de Ab maior tem 5 bemóis, enquanto a de G# maior tem 8 sustenidos (a nota Fá tem dois sustenidos, e soa igual a Sol). Portanto a escala de Ab é mais simples do que a de G#.
Acontece que na cifra popular as pessoas não costumam se preocupar em usar nomes coerentes para os acordes. Para alguém leigo isso não atrapalha, mas para quem entende de teoria acaba dificultando a interpretação contextual da cifra. Portanto, numa cifra comum, seria bem provável de encontrarmos G# e Fm.
E isso causa um problema cultural. Como muitos produtores de cifras evitam o uso do bemol, acaba ficando mais difícil para o instrumentista se acostumar com a leitura e o uso dos acordes e notas que tem o bemol.
Produtores de cifra, principalmente os que entendem de Teoria Musical, e usam o # para ser mais fácil: Precisamos mudar isso…